sábado, 14 de novembro de 2009

Há vida para lá do universo "strokeseano"


As bandas nunca acabam realmente. Isto é o que eu penso. As pessoas separam-se mas a música que fizeram juntas fica lá sempre. Veja-se o caso dos Pink Floyd. Whatever. Isto é conversa. No caso dos The Strokes, a banda não anunciou o fim. Mas há músicos a querer vida além-grupo. Depois de Albert Hammond Jr. e Fabrizio Moretti - em Little Joy -, é a vez de Julian Casablancas, o frontman da coisa, se lançar a solo.

Boa decisão, esta. Levou consigo os ensinamentos de três álbuns que construiu ao longo de mais de cinco anos de carreira com a banda, mas soube inovar nalguns aspectos.
Em "Phrazes For The Young", uma autêntica experiência de pop, rock, country e blues, Casablancas não esquece as guitarras. Mas introduz os sintetizadores - parecia inevitável, no tempo em que vivemos -, os bandolins e ritmos que nos fazem querer andar a agitar maracas pela rua fora. Há uma faixa que me lembra The Pogues - Ludlow St., a quinta do disco, a partir dos 3.40min - e não estou a brincar. Sim, o disco é tão bom que até a isso nos soa.

São oito canções que mostram que há vida para lá dos fantásticos The Strokes, numa demonstração de criatividade e frescura que serve de exemplo e marcará certamente este já quase acabado 2009. A voz, essa será sempre de Casablancas, o filho de um empresário milionário que recusou a fortuna garantida para fazer aquilo que gosta. E nós estar-lhe-emos para sempre agradecidos, não é assim?


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